Após acordo, trabalhadores da Educação de Santa Maria suspedem greve

 Após acordo, trabalhadores da Educação de Santa Maria suspedem greve

Após quase duas semana de greve, os profissionais da Educação de Santa Maria da Vitória (BA) decidiram suspender a paralisação após acordo com a prefeitura. Mesmo sem o prefeito na mesa de negociação, após três horas de reunião, representantes da prefeitura e da APLB/Sindicato chegaram a um consenso. As aulas, na sede e no interior, voltaram ao normal nesta quinta-feira (24).

No documento assinado ficou acertado que se o Poder Executivo Municipal não cumprir o combinado, uma nova greve será deflagada. Participaram da mesa de negociação, os secretários de Educação, Luiz Ricardo Pereira; de Finanças, Vera Muniz; de Administração, Givaldo Alves; do chefe de Gabinete, Flávio Ribeiro Suque, advogada da prefeitura, Karen Almeida e dos vereadores Benilson Ataíde e Ivanildo Leão.

Segundo a presidente do sindicato, Edina Ferreira avalia que o movimento foi importante para garantir os direitos da categoria. “A vida dos trabalhadores em Educação não é só salário, mas contempla a garantia de progressão na carreira e a garantia do reconhecimento do trabalho que desempenhamos”, afirmou.

Entre os pontos acordados estão o compromisso da prefeitura em fazer o enxugamento da folha de pagamento com a revisão dos contratos, a adoção do sistema democrático para eleição dos diretores das escolas, revisão do Plano Municipal de Educação e do Plano de Carreira.

Para garantir o pagamento os trabalhadores de Educação até o 5º dia útil, o governo municipal se comprometeu em reincidir contratos e cortar despesas. Acredita-se que os salários somente poderão ser regularizados a partir de outubro, pois os contratados que serão cortados já trabalham em setembro e precisa receber.

Vamos matutar?

O atraso nos salários vem sendo justificado pela prefeitura como consequência da crise enfrentada pela economia brasileira e, conseguintemente, a diminuição dos repasses do governo federal ao município. Além de justificarem que existem um grande número de profissionais afastados do trabalho para tratamento médico. Para suprir as vagas, a prefeitura informou que teve de contratar mais professores para atender a demanda.

Levantamento do matutar constatou uma curiosidade que pode fazer a gente, de fato, matutar um pouco sobre o assunto. Dados da arrecadação municipal apontam que em agosto de 2014, foram repassados R$ 1.670.565,81 do Fundeb ao município, mas em agosto deste ano, o valor não diminuiu, fez foi aumentar. A prefeitura recebeu R$ 2.105.471,55, ou seja, R$ 435 mil a mais que no mesmo período do ano passado. Quando analisado os dados do Fundo de Participação dos Municípios, também, não houve diminuição dos repasses. Em agosto do ano passado foram R$ 1.636.792,18 e em agosto deste ano, praticamente não houve diferença, o valor recebido foi de R$ 1.640.367,22, o que dá pouco mais de R$ 4 mil a mais. Os dados podem ser conferidos no Sistema de Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação.

O fato é que agora, a prefeitura reconheceu que está gastando demais e que pode economizar na gestão da Educação, o que é um ato digno e merecedor de nosso reconhecimento. O Matutar Notícias acredita que esse acordo feito entre a categoria de profissionais da Educação e o Poder Executivo Municipal impeça novas paralisações.

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