O matutar não falta com a verdade, meu amigo!
Hoje vamos falar sobre democracia e de como podemos fortalecer a cidadania. Aprendi desde cedo que sociedade livre se faz com cidadãos bem informados. Foi com esse propósito que o blog matutar foi criado – da inquietação de levar, cada vez mais, informação para a população.
Foi no banco da faculdade de jornalismo que descobri a importância da notícia social, aquela que informa sobre os atos da Administração Pública e tem como função prestar contas reais dos mandatos e atribuições exercidas no Poder Público. Quanto mais cidadãos esclarecidos sobre os acontecimentos, melhor a decisão tomada por cada um deles no dia a dia e mais efetiva se torna a cobrança pela melhoria dos serviços públicos.
O artigo 5º da Constituição Federal de 88 é claro, no paragrafo IV, ao legitimar que: “é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato’. E complementa no paragrafo IX, “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença’. Desde a primeira matéria produzida para o matutar, sempre me pautei pela ética e compromisso com a verdade e, por isso, quero esclarecer os fatos envolvendo o texto publicado na última quarta-feira (12/08) sobre a situação da Unidade de Pronto Atendimento de Santa Maria da Vitória.
Vamos aos fatos: A fonte da matéria publicada no matutar foi uma nota produzida pela Assessoria de Comunicação da Secretaria de Relações Institucionais da Bahia para divulgar a reunião feita entre o prefeito de Santa Maria da Vitória e o secretario estadual, Josias Gomes.
O lead da matéria foi tirado da própria fala do prefeito que afirmou no último parágrafo da nota o seguinte: “Em última instância se não recebermos a contribuição do Estado seremos obrigados a pedir o descredenciamento e a desativação da UPA 24h”, informa o prefeito de Santa Maria da Vitória.”
Com base nessa informação, tratamos de produzir uma matéria para informar o fato à população, não com sentido de denegrir a imagem do gestor, mas com o fiel propósito de levar ao conhecimento dos cidadãos a possibilidade de fechamento da UPA, porque foi isso que disse o prefeito.
Em nota, a Assessoria de Comunicação de Santa Maria da Vitória, na tentativa de desqualificar o trabalho sério desenvolvido pelo matutar, atribui como falsa, a matéria que produzimos. Seria mais fácil assumir que o prefeito, mesmo sabendo da possibilidade de descredenciamento da UPA, não poderia ter divulgado essa informação como forma de pressionar o Governo do Estado da Bahia. Que ele foi infeliz na afirmação e que a prefeitura não permitirá, em hipótese alguma o fechamento da UPA. Mas, não foi essa a postura adotada, escolheram a desqualificação e o enfrentamento. Posicionamento ultrapassado dentro da Comunicação Pública, mas especificamente, na área de Assessoria de Imprensa. A crise não pode ser gerada pela assessoria, cabe a ela o contrário, que é resolver situações de conflitos e esclarecer os fatos de forma harmoniosa e transparente.
Não há nenhum problema em cobrar de quem deve. Sabemos que a prefeitura não pode assumir a responsabilidade sozinha. Cabe ao Governo do Estado, honrar com o compromisso de ajudar com a contrapartida dos 25% dos gastos necessários para manter o funcionamento da unidade de saúde. Mas tentar apagar uma palavra dita e registrada não tem cabimento, não é ético, nem tão pouco condizente com a função pública.
Coloco aqui um printscreen feito da página da secretaria estadual.
Houve um equivoco com os valores. O gasto mensal para garantir o funcionamento da UPA é de R$ 370 mil, coloquei no texto que era de R$ 340 mil, ou seja, R$ 30 mil reais a menos. Diferença que foi replicada nos demais cálculos. O próprio texto da Secretaria de Relações Institucionais foi corrigido após a publicação da matéria no matutar. Mas, isso não prejudica a questão principal da informação, que é a possibilidade de fechamento da UPA, caso o Governo do Estado não envie a contrapartida dos 25% dos gastos, hoje, assumidos pela Prefeitura de Santa Maria da Vitória.
Foi o prefeito que ameaçou fechar a UPA caso o Estado não assuma o pagamento do valor gasto na manutenção da unidade de saúde. Eu apenas divulguei essa informação, cumprindo o papel do matutar, que é de detalhar e mostrar a realidade do fato para o cidadão, maior interessado no assunto.
Esse posicionamento é importante para confirmar o compromisso que tenho com a verdade e com o objetivo de manter os cidadãos informados sobre os principais fatos de Santa Maria da Vitória e região. Estou à disposição.
Maurizan Cruz
Nota da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Santa Maria da Vitória
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A necessidade de transparecer a verdade
A atual Gestão Pública Municipal de Santa Maria da Vitória representada por este Prefeito Padre Amário, se viu na necessidade de esclarecer os fatos que foram distorcidos quanto a sua realidade na Nota veiculada no blog, site domínio “matutar.com.br”, que tem como responsável a pessoa de Maurizan Cruz; no que diz respeito a atual situação financeira e a dinâmica de funcionamento da UPA 24 horas, situada nesta cidade, nos seguintes aspectos:
Em nenhum momento este Gestor tratou a situação da UPA com descaso ou falta de responsabilidade, pelo contrário, quando se preocupou com a saúde financeira do serviço público prestado naquela Unidade, foi exatamente por pensar em manter um nível de qualidade técnica e com um aparelhamento condizente com a necessidade da população, que o levou a buscar apoio perante a Esfera Governamental do Estado da Bahia, em conformidade com o que predispõe a legislação onde se estabelece o principio da responsabilidade tripartite dos Governos Federal, Estadual.
Verdade é que, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde repassa o valor mensal de R$ 170.000,00(cento e setenta mil reais), enquanto o restante dos R$ 204.000,00(duzentos e quatro mil reais) por mês, vem sendo arcado pelo Município de Santa Maria da Vitória, vez que o Estado da Bahia não tem contribuído com a sua participação financeira, nos gastos básicos da UPA.
Desta sorte, temos a pretensão de esclarecer que não está em jogo tão somente uma cotização de R$ 75.000,00(setenta e cinco mil reais), mas sim a de trazer uma minimização dos custos financeiros da UPA, que hoje são realizados pelo Município e pelo Governo Federal e assim possa investir em outras atividades de interesse social e público, principalmente no Hospital Municipal e nos PSF’s.
Ascom
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