São Félix tem a gestão mais eficiente e Correntina a pior da região
Apesar de nenhum dos onze municípios do Território da Bahia do Corrente não ter a gestão do dinheiro público eficiente, São Félix do Coribe, Canápolis e Coribe são os que melhor aparecem no Ranking de Eficiência dos Municípios – Folha (REM-F), divulgado no último domingo, 28 de agosto.
Mas tem prefeito coçando a cabeça com esse estudo. Do outro lado, dos 5.281 municípios avaliados, Correntina, Santana e Brejolândia estão na rabeira da lista, com carimbo de municípios com gestão Ineficiente. Da região da Bacia do Corrente, Correntina tem a pior gestão de recursos públicos nas áreas de Educação, Saúde e Saneamento.
As diferenças entre Correntina e São Félix estão nos índices de oferta na pré-escola, cobertura do atendimento da saúde básica, número de médicos, casas com água encanada, coleta de lixo e cobertura de esgoto. Além é claro, do tamanho da folha de pagamentos das prefeituras. Enquanto São Félix do Coribe tem 659 servidores, Correntina acumula 1.954 funcionários. Apenas 6% das crianças com idade de 0 a 3 anos estão na creche, 26% da população não têm atendimento de atendimento básico de saúde, somente 59% das famílias tem água encanada e 52% conta com serviço de coleta de lixo. Com relação ao Saneamento Básico, só 5% da população tem cobertura de esgoto.
Com receita de R$ 29,4 milhões em 2013, São Félix do Coribe aplicou 36% na Educação, 21% na Saúde e 4% no Legislativo. Do lado oposto, com R$ 89,7 milhões, a prefeitura de Correntina destinou apenas R$ 37% na Educação, 18% na Saúde e 4% para a Câmara Municipal. Isso demonstra que o problema não estão nos valores destinados para cada área e sim a eficiência e a qualidade do gasto público. Na prática é a mesma situação de uma família que vive com R$ 2 mil por mês e tem boa alimentação, veste bem e ainda faz viagens em contraponto a outra família que ganha R$ 10 mil mas está cheia de dividas, gasta o dinheiro de forma errada e chega, inclusive, a faltar dinheiro para aquela ida na sorveteria.
Mesmo com a segunda maior receita da região (R$ 73,2 milhões em 2013), Santa Maria da Vitória está na posição de número 5 da região, ficando atrás de Serra Dourada, Coribe, Canápolis e o vizinho São Félix do Coribe. A cidade que é dita como polo da região, teve a gestão classificada como “Pouca Eficiência”.
Da Bahia, o município mais eficiente é Barro Preto, ocupando a posição de número 11 da lista nacional e o pior é Pilão Arcado na colocação 5.174. O Ranking de Eficiência dos Municípios – Folha (REM-F) leva em consideração o atendimento das prefeituras nas áreas básicas de saúde, educação e saneamento, tendo como determinante para o cálculo de eficácia na gestão a receita per capita disponível de cada cidade. Para ter acesso ao estudo completo clique no link: http://bit.ly/2c2lPLW
O estudo preparou três vídeos para destacar a importância da eficiência do gasto público nos municípios.