Três dos seis vereadores de Correntina foram soltos
Três dos seis vereadores de Correntina, região Oeste da Bahia, presos pela Operação “Último Tango”, deflagada na semana passada, foram soltos na tarde desta segunda-feira, dia 30 de outubro. Nelson da Conceição Santos (Nelson Carinha-PRB), Juvenil Araújo de Souza (Babado Pimenta-PCdoB) e Adenilson Pereira de Souza (Wil-PTN) passaram 5 dias presos na Delegacia de Santa Maria da Vitória-BA, cidade que fica 50 km de Correntina.
Como os vereadores não foram afastados dos cargos, continuam vereadores e podem participar das sessões da Câmara normalmente. Caso que só poderá mudar em duas situações: se a Justiça condenar os envolvidos ou se a própria Câmara cassar os mandatos deles.
Eles são acusados de formação de organização criminosa contra a Administração Pública, fraudes em Licitação da Câmara Municipal e desvio de verbas públicas. Uma das acusações trata do recebimento de propina para aprovação de projetos no legislativo. Na casa do presidente da Casa, Wesley Campos Aguiar (Maradona) – que continua preso, foram encontrados 10 cheques de R$ 50 mil da Prefeitura Municipal.
Os ex-presidentes da Câmara de Vereadores, Jean Carlos Pereira dos Santos (Jean da Guarda-PP) e Milton Rodrigues Souza (Miltão-PCdoB) continuam presos poque foram encontradas uma arma de fogo na casa de Miltão e munições na residência de Jean da Guarda. Como as prisões foram em flagrantes, a Justiça precisa analisar sobre a soltura dos acusados ou não. A decisão do Juiz deve sair nas próximas 48 horas. Jean da Guarda chegou a pedir Habeas Corpus para responder ao processo em liberdade, mas o pedido foi negado pela juíza Eduarda de Lima Vidal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
A operação está na fase de reunião de mais provas e formulação das ações iniciais para serem analisadas pela Justiça. Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público da Bahia trabalham na produção da peça inicial com as provas e acusações contras os envolvidos.
Dos seis vereadores presos na operação, a situação mais complicada é do presidente do Legislativo, Maradona, que teve a prisão decretada na forma de preventiva, ou seja, sem prazo para soltura até que as investigações sejam concluídas.