Cinco municípios da Bacia do Corrente registram aumento populacional no Censo 2022

O Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28), revelou dados surpreendentes sobre a população dos municípios que compõem a Bacia do Corrente.

Entre os onze municípios da região, apenas cinco apresentaram um crescimento populacional significativo, destacando a necessidade de compreender as mudanças demográficas e os desafios enfrentados pelas regiões vizinhas. Vamos examinar de perto os números e entender o panorama atual.

O município de Correntina foi o que mais cresceu em número de habitantes, saíndo de 30.970 para habitantes para 32.459, o que representou um aumento de 4,81% da população. A cidade se destaca no setor turístico, com atrações como o Balneário com Sete Ilhas, cachoeiras, corredeiras, plantas nativas, bares, restaurantes e pousadas. Além disso, Correntina tem investido na infraestrutura, desenvolvimento econômico e cultural.

Cocos vem logo em seguida com um aumento de 1.040 habitantes. Em 2010, o município tinha 18.111 moradores e agora, com o Censo 2022, chega a 19.151 habitantes.

Outros dois municípios que também cresceram, embora tenham uma população menor, foram Canapólis, que passou de 9.597 habitantes em 2010 para 10.225 em 2022, e São Félix do Coribe, que passou de 14.326 em 2010 para 15.194 em 2022. Jaborandi também está na lista, mas com um aumento de apenas 20 habitantes em compação com o levantamento anterior.

Confira o levamennto preparado por nós, do Matutar Notícias, para uma compreensão melhor do panorarama regional.

Esses resultados também destacam a necessidade de compreender as razões por trás das disparidades, uma vez que os onze municípios abrangem uma área geográfica extensa e diversificada de 45.645 km².

Outro ponto importante é que em termos de habitantes, a população dos 11 municípios da Bacia do Corrente registrou um saldo positivo de apenas 587 habitantes. Tivemos 4.045 novos moradores e ao mesmo tempo foi registrado 3.458 perdas/saídas. O que demostra a falta de pespectivas de desenvolvimento econômico e social para os mais de 200 mil habitantes.

Cidades que mais perdem habitantes

Por outro lado, os demais municípios enfrentaram estagnação ou até mesmo uma redução populacional, levantando questões importantes sobre as condições socioeconômicas dessas localidades e as possíveis razões para esse declínio. Fatores como migração interna, falta de investimentos e dificuldades socioeconômicas podem estar entre as causas desses resultados desfavoráveis.

Entre os municípios que apresentaram queda, destaca-se Santa Maria da Vitória, a maior cidade da região, que perdeu 1.139 moradores, o que representa uma queda populacional de -2,87%. Em seguida vem Brejolândia, que foi a cidade que mais perdeu habitantes, passando de 9.757 em 2010 para 9.108 em 2022, representando uma queda de 6,65%, ou seja, 649 pessoas a menos.

Esse declínio populacional pode estar relacionado a diversos fatores, como a busca por melhores oportunidades de trabalho em outras cidades ou até mesmo por devido a saída dos jovens para estudar nos grandes centros, em busca do sonho de mudar de vida.

É fundamental que as autoridades locais e os gestores públicos desses municípios adotem medidas para reverter essa tendência e impulsionar o crescimento populacional. Isso inclui a implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento regional, a atração de investimentos, a promoção de empregos.

Texto: Redação do Maturar Notícias
Foto: Rosa Runes