O dia que conheci o BBMP

 O dia que conheci o BBMP

Ano passado, final do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, fui à Arena Fonte Nova assistir ao jogo Bahia e Chapecoense, e ver a nova Chape pós-tragédia ocorrida na Colômbia, novembro de 2016, para fazer algumas fotos, o que habitualmente pratico, por tratar-se de prazeroso hobby para mim.

Já dentro do estádio, após alguns cliques, despertou-me a atenção uma grande e destacada faixa abaixo de um dos placares eletrônicos com letras maiúsculas – BBMP – e um escudo do Bahia do lado esquerdo. Tentei, sem êxito, associá-las à sigla de algum banco patrocinador, por exemplo.

Resisti quanto pude pedir ajuda a algum torcedor. Decidi, por fim, mesmo receoso de confessar minha ignorância ou chamar atenção das pessoas por perto, perguntar a um garoto de presumíveis 10 anos de idade, sentado ao meu lado direito, o que significavam aquelas coloridas letras. Ele virou o rosto para o lado oposto e falou com alguém, aparentando indignado:

– Opaí, meu pai, ele aqui num sabe o que é BBMP, não.

E, em voz alta, desenvolveu pausadamente a emblemática sigla:

– Bora, Bahêa, Minha Porra! Tá sabeno, tio, o que é agora? – esnobou.

– Agora, tô, meu amigo. Pensei que fosse sigla de um banco.

– Opaí! Que banco, tio?! Demorô! É mô Bahêa, o Esquadrão de Aço!

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