“Só vamos pagar quando tiver dinheiro, não adianta ameaçar”, diz prefeito de Correntina aos professores
Pela segunda vez neste ano, os professores da rede municipal de ensino de Correntina, região Oeste da Bahia, decidiram entrar em greve para exigir o pagamento de salários atrasados e o cumprimento do acordo feito com o prefeito Ezequiel Barbosa (PSDB) durante a greve que ocorreu em março e abril deste ano. Eles fizeram uma caminhada até a sede da prefeitura, mas não foram recebidos pelo gestor municipal.
Entre as principais reivindicações estão o pagamento do mês de março que teve o ponto cortado pela Secretaria de Educação, a quitação do retroativo de janeiro que não foi pago, mudança de níveis da categoria de quem fez graduação e pós na área e não foi promovido, atraso na reforma das escolas e a péssima qualidade da merenda escolar, entre outras reivindicações.
Os professores têm demonstrado a todo momento o descontamento com a forma ríspida como o prefeito tem tratado os profissionais de Educação do município. Em entrevista à rádio Planalto AM, ontem (17), o prefeito Ezequiel afirmou que a categoria precisava entender a situação da crise atual.
“Tem que ter paciência. Greve não vai forçar o governo a pagar ninguém. Passeata não vai fazer o governo pagar ninguém. Pelo contrário, implica numa decisão pior que nós teremos que tomar. Toda a nossa equipe das áreas econômica, tributaria e todos os nossos advogados estão autorizados, caminhando e buscando os caminhos para resolver o problema. Porém, vamos resolver tudo pacificamente e com cuidado. Mas, se ameaçar, se dizer que vai agir. Nós não vamos pagar não, só vamos pagar quando tiver dinheiro. Sem dinheiro não adianta cobrar, não vamos pagar. Vamos pedir paciência, podem aguardar com tranquilidade porque nós não vamos ficar devendo ninguém. Esse atraso de salário de cinco dias, de seis dias, de 10 dias, 20 dias e de 30 dias nessa crise vai ser o café porque o almoço vem depois e a janta muito pior”, argumentou.
Para ouvir o trecho da fala do prefeito clique no play :
O gestor municipal afirma que os atrasos no pagamento são causados de falta de recursos e pede paciência dos professores para enfrentar o momento de dificuldade. Mas os profissionais não tem concordado com esse posicionamento e alega que falta no gestor boa vontade de resolver o problema.
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